13.9.06

"Depois volto e preparo um café pra lhe saborear"

Vinho branco - seco ao primeiro gole, transparente e lúcido.
Translúcido-ser...

Poço absoluto - cais...
Fonte de águas tão límpidas,
Trazidas das trevas, do fundo silêncio de si.

Com que veemência derramas-me
O mais sombrio mistério de tua liquidez.

O poço dos olhos d'água, totalmente insuspeitável...
O escuro arredio e sensível - imerso no azul ininito.
- Sabes? O fundo do mar é negro...
O frio e silente é sua natureza mais pofunda.

Trazes nos olhos a mística óbvia da amplidão que tanto amas.
E eu a amar quieta a imensião do que desconheço.

Vinho branco?
Translúcido-ser...
Bebo o negro de ti a vagar.
Em que gole encontras no negro do outro a presença que procuras?

Um comentário:

Anônimo disse...

Você me fala, e as palavras me somem.