11.9.06

Across the universe

A beleza das bolhas-de-sabão está nas multicores images
que quase nunca vemos.

Furta-cores,
tece-sonhos,
dança-luzes...

É a pausa epifânica que disperta os sonhos -
cristalina imaterialidade...

Amo bolhas,
teço lábrimas,
conto passos que perderam os pés pelo caminho.

Onde ficas, quando me partes, insuspeitável ponte?
Aonde pensas que me levas, se me deixas?

Quando me sonhas,
que fazes com a materialidade de mim - imanifesta?

Sinto cheiros,
persigo bolas-de-sabão.
Traço pontos insuspeitáveis nas emoções,
Danço nua...

Te leio com meus lábios semi-cerrados, aspirado olores.
Perscrutando fontes distantes a jorrar -
acordando a sede...

Qu'é que eu sei?

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