5.2.06

Diante de tua ausência

Frente a frente com o que de ti não está,
Aos teus pés entregues na distância...
Tua indelével presença a me atrair.
Como seria o silêncio sem ti? E as auroras sem esperanças ou calor?
Soltos no vento, flutuantes, sem razão.
Meu ponto - pausa a desconvulcionar-me a escrita.
Respirar..., atar-se à morte.
Eu-crisálida tentando romper-te
E que imenso pavor estar, enfim, livre de ti...
Só te sei, presença irracional, vontade de não ser.
Estar em ti, ser-sendo nós. Contínuos, interligados, univitelineos...
Sentir, sen-tir, sem ti...
Onda quebrando em ti eterna praia.
Sempre te buscando, te tocando, nunca te alcançando.
Sendo e não sendo por ti.
E só me sei tu a me prescindir, horizonte distante.
Sempre belo, sempre longe, além...

Um comentário:

Anônimo disse...

Energias na mesma direção.Quando li suas palavras me vi grudada ao munitor.Pronta pra invadir o texto.Completamente dentro dele.Agora ele,completamente dentro de mim.

Beijos bhella.