Noite alta e sua ausência lenta e rasteira...
Que faço..., onde estou?
Não tenho para onde ir, de onde partir ou por quê?
Deslizo como uma valsa triste...
Eternamente cantada por um músico enebriado,
Que já nem sabe de si ou da valsa - em êxtase.
O amanhã tão aguardado me custa, o tempo escorre como mel
Segundo a segundo...
Permaneço, eternamente a espera.
Eu te amo tanto, tanto...
Perdôa, sei que é cruel e inevitável - te amar, temer...
Amo baixinho e rubro como o sangue dentro da veia,
Sanguenolenta e discreta, mas pulsante.
Bailo estonteada por ti, em transe onírico...
Sorvo o halo de tua chegada longíqüa.
Amo e permaneço amando,
Amém...
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