24.11.06

LAMENTO-BALBUCIO

Hoje tomei café contigo e me comovi. Não podemos estar distantes. Ouço uma canção cálida e passional, leve e triste - miríades delas... E cá está você de novo em mim. O sol brilha sorridente e tolo feito criança, desconjuntado de si - lindo. E o seu sorriso inrrompe pelo meu peito. Sublime... A brisa em seu silêncio traz saudades de sua tristeza profunda. Olhar perdido no horizonte de si - torvelinho humano. Vagueio no mundo e me falta... Preciso olhar em seus olhos quando a vida desliza intranqüila, saber-lhe - amorosamente acompanhada. Amo você dia após dia. E bem sei o mal que que algo assim encerra. Então, deixo-me estar - aguardo... Suspeito suas presenças. Sempre compondo a minha vida. Fumei um cigarro em sua homenagem, você que povôa minhas memórias, meus sonhos, meu cotidiano. Conversei com você sem saber o por quê. E me transfigurei... Estava triste e estranhamente repleta - como pode? Saudades eternas... Será sempre meu sentimento. Afinal, sempre estarei às voltas (quiça dançante) contigo. Você que plenifica minha vida - alarga meu ser. Não demore não... de voltar. O café está sempre quente, o cinzeiro à postos, os braços abertos, as mãos estendidas, portas e janelas entre-abertas... Espero que seja você que vem vindo... O sorriso largo que ouço ao longe, os passos ligeiros...

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