1.8.06

Pés descalços

Na epilepsia corpórea do amor,
Tudo se me converge,
Nada se me escapa - feridas abertas.
Incurável sou...

Teria eu me enganado?
Não serei então farsante
E me darei ao luxo de -
nesses tempos de escassez -
Morrer de amor?

Delirante sou, ardo em febre,
Dá-me vida o frescor do alvorecer...
Não, trágica é a vida
E irei cumpri-la por certo.

Vagando vou,
Toque acetinado de meus pés
Enquanto lábios...
Meu amor entornarei pelo caminho.
Bela estrada de amor se olhas atrás...

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